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  ARTIGOS
 
  Nesta edição, acadêmicos de Publicidade e Propaganda apresentam suas análises sobre Mobile Marketing e Redes Sociais online.

 

 
                                                                                                                 Mobile: uma nova plataforma de comunicação                                                                                                                       Bruna Lueli Nogueira Silva Emygdio,                                                                                                      Douglas Henrique dos Santos Siqueira,
                                                                                                     Elisângela Amélia Fernandes,
                                                                                                                                          Jéssica Bianca de Almeida,                                                                                                                                             Matheus Ferreira Norberto e Pedro Augusto
 
 
  Há anos os computadores fazem parte das nossas vidas, nos permitindo acessar dados em tempo real e ter acesso a um mundo de informações que talvez não fosse possível sem a Internet.
 
  Os computadores que no começo eram grandes e robustos foram diminuindo ao longo do tempo e o chamado desktop foi por anos a opção predominante para a população.
 
  Posteriormente surgiram outros modos de acesso à Internet que prezam pela praticidade e facilidade de transporte, como os notebooks, tablets e celulares.
 
  Os celulares, particularmente, tinham uma função muito específica: efetuar e receber chamadas. Isso na data do seu lançamento era uma evolução tecnológica, pois ele oferecia o que o telefone fixo já era capaz de fazer, mas com uma enorme vantagem: a praticidade, devido à mobilidade que o celular oferece.
 
  Com o passar dos anos, foram sendo adicionadas diversas outras funções ao celular, pois se percebeu que ainda havia muito a se explorar neste novo aparelho, e cada vez mais ele foi deixando de ser apenas uma ferramenta de ligações e mensagens, para se tornar uma opção de entretenimento completa e funcional.
 
  Com a chegada de novas tecnologias como o 3G (3° geração de padrões e tecnologias da telefonia móvel), a Internet nos celulares ficou mais rápida e tem conquistado um público cada vez maior, que geralmente tem um computador ou notebook em casa, mas que quando está fora, continua tendo acesso ao mundo de informações que a rede apresenta por meio dos aparelhos celulares.
 
 Antes, por exemplo, não existiam sites próprios para esta nova plataforma, já que ainda era muito pequeno o público consumidor. Porém, os sites tradicionais costumam ser muito pesados, pois contam com fotos que demoram a serem carregadas, muitas informações e diversos outros fatores, que tornam o acesso pelo celular muito complicado, pois a capacidade de processamento do mesmo ainda é extremamente inferior ao dos computadores.
 
  É pensando nisso que cada vez mais as empresas vêm se ajustando a esta nova realidade. Muitas delas possuem uma versão mais completa de seu site para os computadores e notebooks, e outra versão móvel, para quem deseja acessá-lo pelos celulares.
 
   Mas o universo mobile tem muitas outras funcionalidades, como serviços que podem ser comprados via SMS (Short Messaging Service), aplicativos, jogos e diversos outros tipos de entretenimento, que fazem do celular uma plataforma muito interessante a ser explorada.
 
  O Brasil tem 72% da população com celular próprio, segundo aponta a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2011-2012 em uma pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em números, são 122 milhões de brasileiros com uma linha móvel. Deste número, uma boa parte possui acesso a Internet pelos aparelhos e consomem muita informação frente a esta nova realidade.
 
  Um grande exemplo que temos de boa utilização do mobile foi uma ação criada pela Unilever, em parceria com a Nokia, para lançar a linha de produtos Seda Teens, onde foi criado um celular totalmente personalizado para as adolescentes, o Nokia Seda Teens.
 
   A campanha “Proibido para maiores de 18 anos”, desenvolvida pela agência F.biz, trouxe um aparelho que continha aplicativos com o tema da campanha, ícones, papéis de parede, animações exibidas na tela de iniciação e encerramento do celular e um mobile game exclusivo. Aliado ao lançamento do aparelho Nokia 5200 Pink, foi desenvolvido um site móvel totalmente integrado com a comunidade web Seda Teens. Essa foi a primeira comunidade Wap branded, ou seja, a primeira rede social mobile criada por uma marca no Brasil.
 
  O case foi eleito pela Revista Próxima como um dos 5 melhores na área de mobile marketing.
 
  O Mobile exige atenção, estudo e empenho, mas com certeza, a empresa que sabe se posicionar nesta nova plataforma tem muito a ganhar.
 
                                                                                                                                             Rede Social: instituição de poder
                                                                                                                      Aline Gomes Pereira Pinto,
                                                                                                                      André Massaro Oi,
                                                                                                                      Fábio Henrique de Oliveira Lambert,
                                                                                                                      Lucas Alves Silva
                                                                                                                      e Marcos Paulo dos Santos Fernandes
 
 
  Este estudo tem por objetivo primordial traçar reflexões acerca da formação de uma nova instituição (de poder) da sociedade contemporânea, a qual entendemos ser as redes sociais de comunicação. Em nossa busca compreendemos o quanto se tornou relevante a presença dos sujeitos em redes sociais virtuais. Mostra-se ao sujeito o funcionamento de uma sociedade que se engendra no espaço digital, indivíduos que interagem com todos os tipos de informações e manifestações de ideais. As redes sociais, segundo Marteleto (2001, p.72), representam “[...] um conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados”.Uma rede arrebatadora de influências que se torna a cada dia mais preponderante na vida do sujeito e da sociedade.
 
   Tomando como base teórica o trabalho do cientista social Louis Altusser, que compreende em sua obra que a vida do sujeito é cerceada por Instituições de Poder, entre elas a família, a escola, o trabalho e, como ponto norteador-dominador, a Instituição Estado, podemos então estabelecer que as pessoas estejam inseridas na sociedade por meio das relações que desenvolvem durante toda sua vida, primeiro no âmbito familiar, em seguida na escola, na comunidade em que vivem e no trabalho, enfim, as relações que as pessoas desenvolvem e mantêm é que fortalecem a esfera social.
 
  Podemos principiar que o lugar social reconhecido pelo indivíduo dentro das redes é colocado como um lugar de igualdade, posto que as redes sociais formulam-se em sentido não linear, motivo pelo qual recebeu tal nomeação. Não há a presença de uma hierarquia dentro das redes, toda a informação e manifestação da esfera social são válidas, a vida do sujeito torna-se palco para uma apresentação social. Costa (et alii, 2003, p. 73) atesta que a rede “é uma forma de organização caracterizada fundamentalmente pela sua horizontalidade, isto é, pelo modo de inter-relacionar os elementos sem hierarquia”.
 
  Na rede formam-se estruturas descentralizadas, o aparato tecnológico dá vazão a uma estrutura flexível, dinâmica e sem limites afixados e, o principal, ela é auto-organizável. Não existem limites físicos para as redes sociais, são os atores que estabelecem seus limites e, nisso, forma-se uma sociedade virtual, na qual estão presentes todas as Instituições de Poder social. Assim, os limites impostos pela convivência, pelo afeto, pelas entidades empresarias ou sem fins lucrativos, pelas marcas, enfim, pela vida real do sujeito perpassam as fronteiras digitais, um mundo real que se encontra no virtual .
 
  Tomando a relação do sujeito com a rede social e as Intuições de Poder, nos perguntamos se seria então o aparato tecnológico das redes sociais digitais uma extensão da sociedade, que segue seu curso próprio e detém de formas de circulação de sentidos específicos. O que nos fez formular os seguintes questionamentos: estaria a sociedade “despejando” sua vida em um campo concentrado de informações e, simplesmente, fechando os olhos para suas consequências? As redes sociais estariam se tornando uma nova Instituição de Poder social, inconcebível à poucos anos atrás, que abarcaria todas as outras Intuições, até mesmo o Estado?
 
 
 
 
 
 
 
                                   
 
 
                                                                      Páginas de órgãos do Estado no Facebook
 
 
 
 
 
 
    O Brasil é 3º colocado em número de usuários do Facebook, possui 76 milhões na rede social, abaixo somente da Índia (2º) e dos EUA (1º). Mas o que mais chama a atenção é o quanto a rede social é utilizada diariamente, 47 milhões de brasileiros que se voltam à rede todos os dias, número somente superado pelos Estados Unidos. (fonte: Leonardo Tristão, diretor-geral da empresa no Brasil em entrevista ao site G1 em 11 de setembro de 2013). Se não podemos firmar as redes sociais como Instituições de Poder, indubitavelmente, se assim podemos dizer, essa se tornou uma plataforma social de poder irrepreensível, levando-se em consideração que quase metade de toda população do país se encontra conectado por uma rede que circula as mais variadas mensagens e sentidos, das mais variadas maneiras, onde se abre espaço para marcas, ideais, partidos políticos, informações de toda natureza, sem contar as outras redes do gênero como Twiter, MySpace, LinkedIN e YouTube.
 
  O que nos parece é que a rede social está se representando como certo ponto de evidência, mancomunando o sujeito em um espaço no qual não se mostram saídas. A lógica da rede social acaba por ser a de um espaço socialmente tácito, onde toda manifestação e interação social serão realizadas sem ao menos nos darmos conta de que o que age como entremeio dessa relação é uma plataforma gerida por alguma entidade em algum lugar. Isso que poderia complementar o nosso questionamento inicial, estaríamos “despejando” nossas vidas em uma interface privada e, assim, fechando nossos olhos para os riscos? A forma de agir nas redes é tácita, mostra-se como evidência na qual despendemos informações sem nos atinarmos da sua importância. Baseando-nos em Costa (2003), podemos dizer que o funcionamento das redes sociais é oculto, é uma força inimaginável que age por debaixo dos nossos olhos e que nos influenciam dentro e fora do mundo virtual.
 
                                                                                                                           Redes,    durante   quase   todo  o tempo,  são  estruturas invisíveis,
                                                                                                                           informais, tácitas. Elas perpassam os momentos da vida social, mas
                                                                                                                           praticamente não se dão a ver – são o conjunto de ‘conexões
                                                                                                                           ocultas’” [...] (idem, 2003, p. 69).
 
  Dessa forma, compreendemos que ao passo do sujeito entrar na rede abre-se para ele um mundo comum, é preciso que se crie uma identidade na rede, algo que lhe represente, afinal não há hierarquias, você escolhe aquilo que quer ver e ouvir, a rede te deixa a vontade ao tempo de te deixar vulnerável. Marcas falarão com você, ideias lhe serão apresentadas, outros usuários lhe farão companhia, jogos dos mais variados tipos lhe chamarão a atenção, grupos serão formados. Seus amigos da realidade também estarão lá, muitas vezes mais lá do que cá, mas tudo bem, afinal de contas assim caminha uma sociedade virtualmente saudável.
 
  Não podemos afirmar o aparato tecnológico das redes sociais como uma nova Instituição de Poder, mas consideramos ser de profunda relevância sua interação com a esfera social, como os sujeitos se encontram dentro dessa plataforma, onde circulam diversas fontes influenciadoras, diversos sentidos, motivações, apelos, onde se criou um ideal de segunda vida. Aquilo que se faz circular na rede é a vida cotidiana do sujeito que quer ser visto, ser lembrado, ser elogiado, sentir o carinho e o apreço dos amigos e, muita das vezes, quer perpassar o virtual para chegar ao real e vice-versa. O mundo digital se confunde com o real, pessoas arrumam amigos e inimigos, cometem crimes na rede, compram, têm acesso a informações, constroem relacionamentos, ficam felizes, deprimidas, choram, dão risada, sentem saudade. Uma sociedade que se instala presente e ausente ao mesmo tempo.
 
Referências:
ALTHUSSER, Louis. Aparelhos Ideológicos de Estado: nota sobre os aparelhos ideológicos de Estado. 7. ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1985. COSTA, Larissa et al. (Coord.). Redes: uma introdução às dinâmicas da conectividade e da auto-organização. Brasília: WWF-Brasil, 2003.
MARTELETO, Regina Maria. Análise de redes sociais: aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência da Informação, Brasília, v. 30, n. 1, p. 71-81, jan./abr. 2001.
 
                                                                                               Facebook como ferramenta de interação e relacionamento entre
                                                                                                             empresa e cliente do segmento de moda
 
                                                                                                                         Ângelo Alves Ambrósio,
                                                                                                                         Carollina de Souza Cincoetti,
                                                                                                                         Crislaine Monteiro,
                                                                                                                         Luana Pantalião Herdeiro e
                                                                                                                         Stephanie Saran de Almeida
 
  As empresas estão cada vez mais conscientes da importância de se ter uma rede social como canal de relacionamento com seus clientes, tanto para apresentarem seu produto ou serviço, quanto para publicarem conteúdo relevante para o seu público-alvo e assim gerar engajamento.
 
  De todas as mídias sociais, a que mais se destaca atualmente é o Facebook, onde as marcas tem a oportunidade de interagir, conquistar e fidelizar seu público alvo fortalecendo mais sua marca. Afinal, no Brasil, dos 94 milhões de usuários da internet, temos 72 milhões de usuários cadastrados no Facebook, segundo dados da própria empresa.
 
  Com tamanho alcance, é necessário que as empresas atuem de forma profissional, já que elas podem falar com milhares de pessoas com uma única publicação. Para implementação de uma estratégia de marketing de relacionamento eficaz segundo Kotler (2007, p.266), a empresa deve seguir o método IDIC desenvolvido por Don Peppers e Martha Rogers na década de 90. O método IDIC significa:
 
· Identificar: prospectar os tipos de clientes, suas necessidades e desejos. · Diferenciar: pesquisar diferenciais competitivos para fidelizar e encantar o cliente. · Interagir: envolver o cliente no processo de desenvolvimento dos produtos e serviços, por meio de diálogo, comunicação direta. · Customizar: desenvolver produtos e serviços personalizados, de acordo com desejos e necessidades do cliente.
 
  Assim, o relacionamento e conteúdo relevante são essenciais, pois a partir deles, conhecemos os gostos, perfis e interesses para que possamos nos relacionar e desenvolver publicações estruturadas e interessantes para se destacar no segmento.
 
  Um exemplo é o AdoroFarm (www.facebook.com/adorofarm), marca de moda feminina carioca FARM que por meio de seu conteúdo publicado diariamente, vem conquistando novos fãs e cativando ainda mais suas consumidoras.
 
  Com conteúdo que não gira em torno somente dos seus produtos, ele está ligado aos interesses e desejos da consumidora, e abrange também música, lazer, saúde, lifestyle, gastronomia, artigos de moda e decoração.
 
  Possui mais de 1,5 milhões de fãs e, em alguns compartilhamentos e comentários, encontramos seguidores masculinos também, o que reforça ainda mais a eficácia do conteúdo que é publicado. A empresa utiliza uma linguagem coloquial, com neologismos que a deixa bem próxima da cliente, conversando como se fosse uma amiga, e não somente como uma marca de roupas. No design das publicações, utiliza uma abordagem ecológica, com elementos que remetem a natureza, como paisagens, praia, céu, mar, sol e flores, tudo isso em um universo colorido, porém, com todo o cuidado para que a marca não fique com aparência infantil ou teen.
 
  Para todo lançamento de coleção, a página possui novos layouts, com suas ações baseadas na palavra desejo. A marca também realiza parcerias estruturadas que tenham ligação com sua filosofia e com seus produtos, como uma parceria com a Pantone em 2012, que foram desenvolvidas uma linha de vestuário inspirados na famosa escala de cores, e além dos produtos, a FARM também colocou a venda artigos como bicicletas, cadeiras, canetas, entre outros objetos de decoração modernos. Já o verão 2013 rendeu uma parceria com as Havaianas, trazendo modelos inspirados na identidade do Brasil e dos brasileiros.
 
  As clientes se beneficiam diariamente com posts inspiradores, motivacionais e cheios de belas imagens durante todo o dia, intercalando tudo isso com dicas de looks usando os produtos. E com uma comunicação integrada, dinâmica e inovadora, o resultado disso tudo é uma relação de fidelidade e amor que as clientes mantêm com a marca.
 
  Dessa forma, podemos concluir que com um trabalho bem feito no Facebook empregando o relacionamento, as empresas podem alcançar seus objetivos, sejam eles de venda, atendimento, melhoria nos produtos ou serviços com maior facilidade e ainda deixar sua marca em evidência.
 
Referências:
 
CAJÉ, Max. Farm e Havaianas renovam parceria e lançam modelos para o verão. Disponível em: <http://finissimo.com.br/2013/09/17/farm-e-havaianas-renovam-parceria-e-lancam-modelos-que-homenageiam-o-brasil/>. Acesso em: 22 nov. 2013.
 
KALIL, Glória. Farm fecha parceria com Pantone e coloca à venda roupas e acessórios inspirados na famosa escala de cores. Disponível em: <http://chic.ig.com.br/moda/noticia/farm-fecha-parceria-com-pantone-e-coloca-a-venda-roupas-e-acessorios-inspirados-na-famosa-escala-de-cores>. Acesso em: 22 nov. 2013.
 
KOTLER, Philip. Marketing para o Século XXI. Rio de Janeiro: Ediouro, 2008. ADOROFARM. História. Disponível em: < http://www.farmrio.com.br/>. Acesso em: 22 nov. 2013.
 
                                                                                                                                      A Publicidade em Redes Sociais
                                                                                                                           Alberto Rafael Pereira Rego,
                                                                                                                           Ana Paula Pereira da Silva,
                                                                                                                           Bruna de Souza Rosa,
                                                                                                                           Eneida Silva Magalhães,
                                                                                                                           Karina Cássia do Prado,
                                                                                                                           Polyana Andrade Azevedo e
                                                                                                                           Suellen Isabela Braga
 
  O procedimento: "Curta a página no Facebook e compartilhe essa imagem para concorrer a prêmios" é conhecido dos internautas que usam as redes sociais, porém, em 2013, tornou-se menos comum.
 
  Com a ascensão das redes sociais, os usuários querem que as empresas interajam com eles por meio do Facebook. Conforme Rosa (2010), em um estudo do Grupo Omnicon, 93% dos internautas norte-americanos dizem que as empresas devem ter uma presença nas redes sociais e 85% acreditam que essas empresas devem interagir com os consumidores, por meio das redes sociais. Devido a sua influência no consumidor e sua capacidade de interação entre eles as notícias repercutem de maneira muito rápida, o que representa um excelente canal de comunicação entre consumidores cativos e empresa e inclui também a prospecção de novos clientes. As redes sociais são o meio mais rápido de resposta entre cliente/empresa quando se trata de dúvidas e reclamações, superando outros meios como o SAC, e e-mails.
 
  Existem vários propósitos e funções em redes sociais e uma delas é a promoção de produtos e serviços; Porém, em portaria publicada no diário oficial, o Ministério da Fazenda proibiu que empresas fizesse sorteios ou distribuição de brindes e prêmios por meio de redes sociais sem autorização prévia. Agora o pedido deve ser feito por ofício ou carta, somente por empresas (pessoas jurídicas).
 
  Esse recurso de promover sorteios vinha sendo utilizado de maneira indiscriminada para a captura de novos seguidores para páginas empresariais, a partir de sorteio de distribuição de prêmios como forma de “recompensa”.
 
  A autorização é dada pela Caixa Econômica Federal, conforme a lei 5.768, de 1971 ou pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), no caso de instituições financeiras.
 
  O custo da CEF varia de promoção para promoção. Mas, segundo a advogada especialista em Direito Digital, Flávia Penido a taxa é baixa. Quanto ao tempo de aprovação da promoção, ele varia de 25 a 30 dias, de acordo com a demanda. O maior desafio das empresas, segundo a advogada, será a colaboração com o cliente. “A partir de agora, será necessário trabalhar nos moldes da legislação. Não poderá mais existir o briefing de última hora”.
 
  A punição para o descumprimento das novas regras varia de uma multa de 100% em relação ao valor dos prêmios até a proibição de realizar novas ações desse tipo por um período de até dois anos.
 
  A Seae e a Caixa são responsáveis pela fiscalização das empresas que promovem os concursos.Segundo nota do Ministério da Fazenda, a "Caixa dispõe de ampla capilaridade, com mais de 36,2 mil unidades pelo país, que chegam a 5.467 municípios, e mais de 6.000 unidades próprias, entre agências, postos e salas de autoatendimento. As equipes de auditoria da Caixa estão espalhadas por todo o país e regularmente efetuam visitas a empresas que estejam fazendo campanhas irregulares". Essas campanhas irregulares correspondem ao modo antigo de desenvolvimento de sorteios através das páginas, que não condiziam com as normas de registros de sorteios previsto pela Caixa Econômica Federal.
 
  Os órgãos devem fiscalizar se as empresas estão realizando os concursos dentro do que prevê a lei, se os prêmios estão sendo entregues, se não houve manipulação do resultado, se foram observadas todas as regras constantes do próprio regulamento da promoção, se os impostos foram pagos, e se não foi descumprido nenhum direito do consumidor participante, entre outros.
 
  Em relação a esse meio de divulgação da marca por promoções em redes sociais para a captura de novos seguidores, podemos perceber alguns atos falhos: muitas vezes é perceptível que os usuários da rede social que seguem ou curtem a página para exclusivamente participar de promoções não estão inclusos no público-alvo e que a empresa tem o intuito de prospectar pois muitas vezes eles não se enquadram nos padrões de futuros consumidores, estão apenas interessados no prêmio. Por fim, ele apenas vai representar mais uma pessoa nesse aglomerado, porém que não possuí nenhuma relação de afeto ou de preferência pela marca, o que é desinteressante para a empresa.
 
Com essa nova política de sorteios on-line, as empresas que realmente possuírem interesse nessa forma de marketing por meio de concursos culturais vão poder estudar o comportamento do consumidor, verificando consequentes atitudes e percepções diante do comércio eletrônico na Internet e assim criar uma relação efetiva com o seu público alvo podendo criar um real canal de comunicação que dá e recebe feedbacks do seu consumidor.
 
  
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