top of page
 
  TEMA DA EDIÇÃO
 
 
  A 15a edição da Reuni foi desenvolvida pelos acadêmicos de Publicidade na disciplina Comunicação Comparada, ministrada pela Profa. Me. Patrícia do Prado Marques Cordeiro aos acadêmicos do 3o ano no segundo semestre letivo de 2013. O resultado dos estudos e das análises realizadas em sala de aula é um conjunto de nove artigos sobre algumas das ferramentas da Comunicação Social disponíveis no meio digital.
 
  A proposta dos artigos redigidos pelos estudantes contempla uma tendência atual, a chamada inversão do vetor de Marketing, segundo a qual o público não é mais apenas público-alvo, passivo, mero receptor de mensagens. Nos últimos anos, o público também se tornou emissor de mensagens, gerador de mídia, o que aumenta os desafios para empresas e marcas ‘conversarem’ com seus consumidores e, mais que atingí-los, engajá-los.
 
  A nova realidade torna cada cidadão um polo de transmissão de informações e, consequentemente, amplia vertiginosamente a geração de informações em tempo real e o volume de dados disponíveis na internet, o que dificulta a decisão por acessar este ou aquele conteúdo disponível na web sobre um mesmo assunto, entretanto, o internauta se faz ouvir e contagia uma legião de outros com curtidas e comentários, sobretudo quanto o assunto em questão é uma crítica a determinado produto ou a uma marca.
 
  A ação e a reação das marcas no processo de relacionamento com o público exige cada vez mais rapidez e exatidão no discurso que emite, pois o acesso do público em geral às ferramentas digitais modifica a velocidade da propagação de informações e provoca um colapso de tempo e espaço. Não é mais necessário esperar por um link ao vivo na TV ou pela próxima atualização de um jornal online para se ter acesso ao que acontece em um evento do outro lado do mundo, por exemplo. E bastam poucos minutos para que um produto com defeito seja o novo trending topics do Twitter, muito antes de o fabricante ter a chance de saber do fato e atender o autor da postagem, isto é, o consumidor lesado pela compra de um produto defeituoso.
 
  É notório que as novas ferramentas permitem uma infinidade de estratégias de Marketing e Comunicação, muitas delas com custo muito abaixo dos investimentos comumentes feitos em meios de Comunicação convencionais. Contudo, é preciso que as empresas e marcas estejam atentas à necessidade do planejamento das ações, tanto de Marketing quanto de Comunicação, antes da execução delas. Confiar a um perfil em uma rede social, por exemplo, a responsabilidade do relacionamento de uma marca com seus consumidores é considerado, por especialistas em Mídias Sociais, uma atitude arriscada e altamente passível de insucesso.
 
  As ferramentas disponíveis no meio digital não substituem o planejamento de Marketing e Comunicação nem corrigem planejamentos mau feitos. Tais ferramentas ampliam a propagação de informações sobre as marcas, principalmente das negativas. A presença digital de uma marca, quando mal administrada, pode ser comparada à entrega de um megafone ao consumidor após ele adquirir um produto com problema ou logo após o surgimento de um boato sobre a marca.
 
  Se falta planejamento no ingresso da marca no cenário digital, são necessários esforços dobrados ou triplicados para se administrar as crises da empresa geradas neste meio e para salvar a reputação da marca. Caso a desorganização no meio digital seja reflexo da situação da empresa na ‘vida real’, se torna ainda mais difícil recuperar a perda financeira e reverter a crise de credibilidade da marca. Por isso, os gestores precisam estar atentos ao uso das novas ferramentas de comunicação no relacionamento com o consumidor. Nenhuma delas faz milagres.
 
Boa leitura!
Hellen Patrícia Morais Fonseca Coordenadora Geral da Reuni
bottom of page